O Museu Nacional de Arqueologia foi distinguido com o Prémio Internacional "Genio Protector da Colonia Augusta Emerita", atribuído pela Fundação de Estudos Romanos e pelo Grupo de Amigos do Museo Nacional de Arte Romano de Mérida, em Espanha.
O anúncio foi feito hoje, pela Direção-Geral do Património Cultural (DGPC), num comunicado que destaca igualmente a distinção, com o mesmo prémio, do arqueólogo francês Patrick le Roux, de 71 anos, catedrático jubilado da Universidade Paris XIII.
Este prémio distingue o trabalho de personalidades, meios de comunicação, académicos e investigadores, em "prol do conhecimento e conservação do património histórico, cultural e arqueológico do mundo romano, e em especial de Mérida [na Extremadura española], bem como a divulgação do Museo Nacional de Arte Romano", naquela cidade.
Nesta 22.ª edição, o galardão "reconheceu especialmente a ligação entre os dois museus nacionais e particularmente os trabalhos transfronteiriços no domínio da Arqueologia e da Museologia Arqueológica, que ambas as instituições e as suas equipas têm realizado ao longo das últimas décadas".
A justificação do prémio, segundo a DGPC, salienta ainda os "importantíssimos projetos expositivos conjuntos", dos dois museus, "como é o caso da recente exposição internacional `Lusitania Romana: Orígen de los pueblos/Lusitânia Romana: Origem de dois Povos`, comissariada por Jose Maria Álvarez Martínez, António Carvalho e Carlos Fabião", patente até setembro, no Museo Nacional de Arte Romano, em Mérida.
A DGPC destacou ainda a colaboração, nesta mostra, da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, entre outras instituições.
A exposição, no museu espanhol, foi inaugurada em março último, organizada pelas duas instituições, tendo contado com o apoio de 18 museus e outras entidades.
Os investigadores Patrick le Roux, Enrique Cerrillo Martín de Cáceres, que recebeu o mesmo galardão, em 2010, Jonathan Edmondson, distinguido em 2011, assinam artigos para o catálogo da mostra, que também conta com representações gráficas das cidades romanas de Conímbriga e Augusta Emerita (atual Mérida), de Jean Claude Golvín.
Esta exposição será apresentada no Museu Nacional de Arqueologia, em Lisboa, "no final de 2015", segundo a DGPC.
O museu português e Patrick le Roux juntam-se "a uma lista de mais de 40 entidades e personalidades, de diferentes nacionalidades e distintos méritos", que receberam o mesmo prémio, "entre eles, os catedráticos José María Blázquez (2000), Martín Almagro Gorbea (2002) e Isabel Rodá (2012), o arquiteto Rafael Moneo (2006), a Fundação Ramón Areces/El Corte Inglés (1998) e a CEPSA (1996)", adianta a DGPC.
Com este mesmo galardão foram também distinguidos o catedrático Jorge de Alarcão, da Universidade de Coimbra (2003), e o empresário Manuel Rui Azinhais Nabeiro (2009).
No ano passado o prémio foi entregue a Ángel Texeira Brasero e ao Festival de Teatro Clássico de Mérida, por ocasião da sua 60.ª edição.
A cerimónia de entrega do prémio está prevista para o dia 19 de setembro, às 20:00, no Museo Nacional de Arte Romano, em Mérida, que completa 29 anos de existência.