Porto, 24 set (Lusa) -- O emprego na região Norte registou uma variação homóloga de 0,8% no segundo trimestre de 2015, resultado assente no aumento de postos de trabalho nas indústrias transformadoras, atividades de saúde e apoio social, revela hoje o "Norte Conjuntura".
De acordo com os dados do boletim "Norte Conjuntura", relativos ao 2.º trimestre de 2015 e editado pela Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDR-N),o emprego na região "voltou a registar uma variação homóloga positiva, tal como vem sucedendo desde o início de 2014".
"No 2.º trimestre de 2015, o crescimento observado face ao trimestre homólogo do ano passado foi de 0,8% (variação que representa mais cerca de 13 mil indivíduos empregados e que compara com um crescimento de 1,1% no trimestre anterior)", sustenta o documento.
Paralelamente, a taxa de emprego também subiu, "alcançando 66,7% no 2.º trimestre de 2015", valor para o que contribuíram "quer o crescimento da população empregada (...) quer a redução da população residente".
Segundo a CCDR-N, o aumento do emprego na região foi "mais uma vez assegurado pelas indústrias transformadoras, com mais cerca de 19 mil indivíduos empregados do que há um ano", destacando-se também os "contributos das atividades de saúde humana e apoio social" com mais 10 mil empregados.
A descida da taxa de desemprego "tem sido mais sentida entre as mulheres", com uma redução de 2,7 pontos percentuais em termos homólogos, indica o relatório trimestral que aponta Vila Nova de Gaia como município que "mais contribuiu para a descida do desemprego registado na região Norte" com "menos 4.327 desempregados do que há um ano".
Também o turismo registou variações homólogas "bastante positivas no 2.º trimestre de 2015", com as dormidas e os números de hóspedes a crescerem 13,2%, os proveitos totais a subirem 17,7% e proveitos de aposento a aumentarem 24,3%.
"A taxa líquida de ocupação-cama (efetiva) continuou a registar resultados historicamente elevados, atingindo o valor de 42,7% no 2º trimestre de 2015, que compara com 38,8% no trimestre homólogo", sustenta o relatório.
Em queda estiveram as exportações de mercadorias no Norte com uma variação homóloga negativa de 1,5% "motivada pela quebra no valor das exportações de combustíveis e óleos minerais".
No negativo ficaram igualmente as licenças de construção emitidas na região Norte, onde se assinalou uma variação homóloga de -5,6%, "invertendo a tendência de crescimento do trimestre anterior".
Contudo, no segmento das construções para habitação o número de licenças cresceu 8,1%, acompanhando a aceleração no licenciamento de construções de novos fogos para habitação que aumentaram 32,9%.