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Entrevista com Domingos Soares de Oliveira

por Antena 1

O contrato do Benfica com a NOS pode ser revisto em alta. Em entrevista à Antena1 e ao Negócios, o administrador financeiro da SAD do Benfica, Domingos Soares de Oliveira, não revelou nem o tipo nem o valor da majoração a realizar, mas confirmou a sua existência. Lembrou nomeadamente que a dimensão do Benfica é reconhecida mesmo pelos outros clubes. Há uma clausula de salvaguarda que considera esta dimensão.

Ainda de acordo com Domingos Soares de Oliveira, aquilo que já está a ser feito é analisar as particularidades dos contratos, para verificar as condições de revisão e garantir que o que foi acordado e está escrito, é respeitado.

As verbas do contrato da NOS são para abater no passivo de forma progressiva, caso contrário poderia, no seu entender, comprometer-se as receitas nos próximos 10 anos. Domingos Soares de Oliveira garante que as reduções do passivo são para manter no próximo ano, ao ritmo deste ano, mas tudo depende das aquisições a fazer.

De resto, para aumentar as receitas no próximo relatório de contas, o que considera que é possível, será necessário proceder à venda de 2 jogadores ate ao final da época.

O administrador financeiro adiantou ainda que não vai haver aumento de capital no Benfica, porque as soluções possíveis não agradam, apesar de existirem investidores interessados.

A utilização de VMOC - Valores Mobiliários Obrigatoriamente Convertíveis - como fez o Sporting é uma solução que o Benfica não vai adotar.

O Benfica, segundo o seu administrador financeiro, vai continuar a financiar-se no mercado e não na banca, a quem paga todos os anos entre 15 a 17 milhões de euros. Domingos Soares de Oliveira acredita que será possível fazer nova emissão de obrigações, no início do próximo ano.

De resto, em relação à Banca não esconde o sentimento de que há filhos e enteados, numa referência indireta ao Sporting e numa analogia com o que se passa entre Portugal e a Grécia.

Neste entrevista, o administrador financeiro da SAD, revelou ainda que 90 por cento das propostas para o naming do estádio são internacionais e que a decisão não será tomada no curto prazo.
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