Cometa morto vista proximidades da Terra no dia em que se comemora a "noite das bruxas". Será que o destino nos quer informar de algo? Não, apenas uma feliz e curiosa coincidência.
Uma combinação aleatória mas que pode provocar arrepios aos mais susceptíveis e frágeis de mente.Grande asteroide 2015 TB145 passa hoje, em segurança, próximo da Terra
O asteróide “Dead Comet” não está classificado como um dos maiores que anualmente se cruza com a óbita terrestre. No entanto, este é um grande asteróide, quatro vezes maior do que um campo de futebol, e vai passar hoje à tarde, em segurança, pelo nosso planeta, informou a agência espacial europeia ESA.
Créditos: NASA/JPL-Caltech
A passagem do 2015 TB145, nome de código atribuído ao cometa morto, realiza-se a uma distância de 480 mil quilómetros, por volta das pelas 17:00 TMG (mesma hora em Lisboa) e está registado como um dos de cinco mil objetos de tamanho considerável, nas proximidades da Terra, sendo que uma fração significativa deles ainda não foi descoberta.
O asteróide apenas poderá ser observado com telescópios
A agência espacial norte-americana NASA estima que o asteróide seja, até 2027, o maior corpo rochoso conhecido a aproximar-se do "planeta azul".
O 2015 TB145 foi descoberto a 10 de outubro, a partir do Havai, nos Estados Unidos e a Agência Espacial Europeia (ESA) confirmou a descoberta a partir do seu observatório em Tenerife, Espanha.
O asteróide vai passar pela Terra a uma distância 1,3 vezes a que separa o nosso planeta da Lua, de acordo com cálculos dos astrónomos. Uma distância que, apesar de tudo, é próxima em termos cósmicos.
No entanto, assegura a ESA, não existe qualquer hipótese de o corpo colidir com a Terra, nem mesmo, pelo menos, nos próximos cem anos.
O asteróide não consta na lista da Agência Espacial Europeia de objetos que apresentam risco para o planeta.
Todavia, o facto de um corpo celeste tão grande que podia causar danos significativos, caso chocasse com a Terra, ter sido descoberto apenas 21 dias antes da sua aproximação ao planeta, leva os astrónomos a pensarem na necessidade de manter a vigilância diária do céu noturno.
Créditos: NAIC-Arecibo/NSF
A ESA tenciona, no fim do próximo ano, testar a tecnologia de um telescópio capaz de identificar automaticamente a órbita de corpos celestes potencialmente ameaçadores para a Terra, a maiores distâncias.
O asteróide 2015 TB145, do qual os cientistas esperam recolher mais informação depois da sua aproximação ao "planeta azul", viaja a cerca de 35 quilómetros por segundo, em relação à Terra, uma velocidade maior quando comparada com a de outros asteróides na dita zona de proximidade do "planeta azul".
De acordo com o Instituto de Astrofísica das Canárias, em Espanha, os parâmetros da órbita que o 2015 TB145 apresenta são próprios de um cometa extinto ou adormecido.