Os Jogos do Rio2016 condenados a conviver com a poluição.
O facto representa uma das grandes polémicas do momento porque no local vão decorrer as provas de vela dos Jogos.
O repórter da RTP Luís Baila falou com os atletas portugueses que vão competir nesta baia e registou a preocupação dos mesmos.
O jornalista entrevistou também Rodolfo Paranhos, professor da universidade do Rio de Janeiro, que classificou a situação sanitária como primitiva e não aconselha a prática de deporto nesta baía poluída.
As imagens são ambíguas. Ao longe o que se avistam são o Pão de Açúcar e o Morro da Urca, de Mata Atlântica, ilhas e belas praias. De perto podem ver-se muitas garrafas e sacos plásticos, esgoto e muita poluição.
Na baía desaguam os resíduos domésticos sem qualquer tratamento prévio e toneladas de lixo, produzidos pelos oito milhões de habitantes de sua bacia hidrográfica. Centenas de indústrias e refinarias de petróleo também colaboram para reduzir drasticamente a qualidade do mar.
O impacto pode ser notado, por exemplo, pela população de golfinhos. Em 1980, estima-se, eram cerca de 400 na baía, hoje restam apenas 40.
Ainda assim, é na Baía de Guanabara que se darão as competições aquáticas durante as Olimpíadas de 2016.