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Foi há 50 anos que renasceu “o jornal cor-de-rosa”

O Comércio do Funchal reabriu a 1 de janeiro de 1967 e rapidamente transformou-se num jornal de referência nacional. Foi neste jornal que Vicente Jorge Silva deu os primeiros passos no jornalismo. O Comércio do Funchal foi um dos jornais que mais combateu o regime de Salazar e promoveu a liberdade jornalística e da cidadania. Após o 25 de abril o jornal acaba por se extinguir, com Vicente Jorge Silva a deixar a Madeira para assumir a direção de outro semanário de referência nacional, "O Expresso".

O Museu de Imprensa – Madeira apresenta até 20 de Maio próximo a exposição «"O jornal cor-de-rosa” – Exposição evocativa dos 50 anos do Comércio do Funchal»

A exposição do Museu de Imprensa – Madeira (MIM) é composta por cerca de uma centena de exemplares originais daquele semanário que foi um dos principais jornais de oposição à ditadura do Estado Novo.

O MIM é detentor da colecção completa deste periódico, resultante de duas ofertas, uma por parte de um coleccionador particular, José Alberto Teixeira Ornelas, que inclui todos os jornais publicados de 1972 a 1976, e outra por parte do proprietário do Comércio do Funchal, João Carlos da Veiga Pestana, que incluiu todos os exemplares publicados entre 1967 e 1976, e ainda uma um conjunto de encadernações do primitivo Comércio do Funchal publicado desde 1934 por Alberto da Veiga Pestana, pai de João Carlos da Veiga Pestana.